quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Sonhos

Sim, eu sei que deveria estar fazendo a lição de casa ao invés de ficar trancada no quarto escrevendo no meu blog, mas sinceramente, a inspiração que me bateu agora não pode ficar encerrada num local que jamais será visto ou ouvido. Sei também que meu blog não é nenhum MaryMoon, mas não importa. Pelo menos, de algum jeito, eu falarei. Sem voz ou rosto.
Estava eu, lendo meu caderno recém-adquirido, quando um pensamento me ocorreu: será que todos nós temos um sonho? Será que, algum dia, poderemos realizá-los? E... será que o lugar onde estamos agora é o lugar onde realmente queremos estar? Será que tem algo nos impedindo de correr atrás desse sonho? Será que é um sonho impossível de realizar?
E eu me pergunto... Quantos sonhos estão enterrados sob o frio chão de pedra das salas de aula? Quantos sonhos ainda serão derrubados por esse lugar que é a escola? Citando uma colega de um fórum online que freqüento: quando somos pequenos, nossos pais e professores nos dizem "Você pode ser o que quiser" a toda hora. Quantas bailarinas, astronautas, bombeiros, policiais, jogadores de futebol, não poderíamos ter sido?" E, no final, temos aquilo que podemos atingir (um diploma, emprego, notas altas, tanto faz), mas não aquilo que queríamos atingir. Você pode ser o que quiser... mas só nos seus sonhos.
E o que sobra é uma semente de árvore num solo seco, onde ela jamais poderá proliferar. Talvez, em outra possibilidade, a árvore tivesse brotado, e gerado frutos de sabor magnífico. Ou, ainda, fosse uma árvore que iluminasse seu mundo, como as Duas Árvores de Valinor.
Mas não. Temos que nos conformar com um destino ruim.
BY THE WAY: citarei um dos meus personagens agora.
"Meu maior medo não é morrer. Meu maior medo é ter uma vida vazia, sem sonhos, que se estende do cotidiano até o fim dos tempos, onde aquilo que faço não é o que me dá prazer, mas aquilo que tenho que fazer. Meu maior medo não é viver num mundo fechado, isso eu aturo muito bem. Meu maior medo é perder completamente toda a esperança de realizar um sonho, e ter de guardá-lo num canto escuro e empoeirado, para que ninguém o veja e me rotule de idealista. Já fui chamado de insano, mas prefiro ser assim, louco, diferente, a ser simplesmente mais um. Minha máscara justifica a face."
Bom, falei.